Recentemente, a UNESCO apontou a moderna indústria de filmes nigeriana como a segunda mais prolífica em todo o mundo. O volume de produções excede Hollywood e quase equipara-se a Bollywood.
Em 2010 foram lançados mais de 1.500 filmes. Como cada uma dessas produções emprega entre 50 e 100 pessoas, além de fomentar trabalhos indiretos, o cinema nigeriano é responsável pelo emprego de centenas de milhares de pessoas anualmente, perdendo apenas para o volume de trabalho gerado pela agricultura.
Pouco mais de 20 anos após o lançamento de Living in Bondage, de Chris Obi Rapu, marco do nascimento de Nollywood, a mostra “Bem-Vindo a Nollywood – 2º Edição” tenta remontar alguns capítulos de uma história recente, além de celebrar uma das mais inventivas indústrias do mundo.
A mostra é dividida em quatro episódios. O primeiro, “O início de Nollywood”, apresenta filmes realizados originalmente em VHS, com forte apelo melodramático e rodados em formato seriado. Já em “O boom de Nollywood” temos a oportunidade de conhecer filmes que proporcionaram a internacionalização do moderno cinema nigeriano. Em “Nollywood na perspectiva Ioruba” podemos ver como a língua e a cultura ioruba ganharam forma no cinema. Por fim, “A nova Nollywood” revela o atual estágio da produção nigeriana.
A mostra também presta uma homenagem a Amaka Igwe, produtora e diretora nigeriana, falecida em abril deste ano. Entre os seus filmes, destacam-se “Rattle Snake” e “Violated”, duas produções aclamadas pela crítica. Recebeu diversos prêmios, entre eles o African Movie Academy Awards (AMAA) pelo conjunto de sua obra. A mostra exibe “Forever”, um de seus filmes que trata de questões sociais profundas de uma maneira bem peculiar.
Bem-Vindo a Nollywood - 2º Edição 